O troco da natureza
Na aqueles campos bonitos
Onde tinha matas e flores
Tinha lindas borboletas
Sabias e beija-flores.
Quando anoitecia o dia
A natureza era uma festa
Com cantos de pássaros
Ela ficava a mais bela
Tinha uma cachoeira
Um rio pra pesca
Era mesmo um tesouro
Que eu não soube aproveita
Foi na minha ignorância
Ou até mesmo sem pensa
Eu peguei a foice e o machado
E fui com tudo acaba
Derrubei aquelas matas
Plantei milho e feijão
Fiz pasto e criei boi
Acabei com aquele chão
Eu fiquei rico depressa
A natureza me ajudou
Mas não vejo mais a floresta
E o rio já secou.
Hoje tudo é tristeza
Não tenho sono pra dormi
Não vejo mais aquelas matas
Que eu mesmo destruí.
E aquela linda cachoeira
Que brilhava ao por do Sol
Eu olho e não vejo mais nada
Só existe pedra e pó
As águas se acabaram
Não chove neste lugar
Não tem vida, nem riqueza
É o troco que a natureza dá.
Autor:Antônio Santana (Brito)